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Bem-estar animal: fator-chave na produção de proteína suína
A produtividade da granja está diretamente relacionada ao bem-estar dos animais, principalmente aos primeiros momentos de vida do leitão
A preocupação com o bem-estar animal é uma pauta importantíssima e que já faz parte da suinocultura moderna. Na rotina diária da granja, a preocupação com o bem-estar dos suínos envolve as esferas de alimentação, ambiente e sanidade, buscando reduzir intervenções excessivas promotoras de estresse e permitindo que o animal expresse o seu comportamento natural.
Durante os primeiros dias de vida, os leitões recém-nascidos enfrentam importantes desafios sanitários e são constantemente segurados e manipulados, passando por vários procedimentos simultâneos promotores de estresse. Dentre os desafios que precisam ser superados estão a anemia ferropriva, condição inerente dos suínos, e a coccidiose suína, doença global com alta prevalência na suinocultura brasileira.
“O manejo sanitário dos leitões é um dos principais fatores que causam estresse nos suínos, porque demanda muita manipulação destes animais. O reflexo do estresse associado a estes manejos é o aumento do Cortisol (hormônio relacionado ao estresse) que por sua vez atua prejudicando a imunidade dos animais e por consequência aumentando os riscos de novas enfermidades” explica Marcio Dahmer, gerente da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.
Diversos estudos na área comprovam que o estresse crônico dos suínos reduz ativamente a produtividade das granjas, impactando o ganho de peso, afetando os índices reprodutivos e até mesmo estimulando estereotipias – comportamentos atípicos que podem incluir os atos de morder outros animais ou a si próprio, vocalização excessiva, movimentos de mastigação sem alimento, entre outros.
Embora alguns fatores promotores de estresse sejam difíceis de eliminar, a necessidade de identificar e diminuir a incidência destes momentos na vida produtiva dos suínos é importante. A adoção de novas tecnologias e soluções que facilitem o dia a dia da granja, assim como a melhoria dos seus processos produtivos, é primordial para o aumento do bem-estar animal e para uma suinocultura mais rentável.
“Pensando em atuar na redução destes fatores de estresse ainda no início da vida do leitão, a otimização da administração dos fármacos que atuam contra a anemia ferropriva e a coccidiose é ponto de destaque. A inovação neste ponto não está em mudar o tratamento, que já é consagrado mundialmente com a suplementação de ferro para combater a anemia e o toltrazuril para combater a coccidiose, mas sim na forma como estes fármacos são administrados”, elucida Márcio. “Cada vez mais estudos comprovam que a utilização do Forceris®, que atua contra estas duas enfermidades com uma única aplicação nas primeiras 72 horas de vida dos suínos, reduz o tempo de manipulação dos leitões e, por consequência, seu nível de estresse”.
Quando comparadas as formas de administração destes fármacos, um estudo recente realizado na Espanha relata que os leitões submetidos à dose única de Forceris® apresentaram mais tempo em amamentação após o tratamento, quando comparado ao grupo de animais com tratamento parenteral + oral contra as mesmas doenças, em que observou-se aumento da necessidade de tempo de repouso. Isso demonstra maior facilidade à retomada do comportamento natural quando o tempo de manipulação é menor, com uma tendência estatística de menor concentração de cortisol sistêmico. Observou-se também, no grupo tratado com Forceris®, um maior ganho de peso médio diário dos leitões durante a lactação e, posteriormente, maior peso ao desmame.
“A tecnologia é parceira do produtor rural, e quando pensamos em tecnologia para saúde e bem-estar animal a Ceva é pioneira em muitos aspectos. Estamos sempre atentos às necessidades do campo e as demandas da sociedade, desenvolvendo maneiras de atendê-las da melhor forma. Melhorar os índices de bem-estar dos animais atua positivamente na granja, resultando em uma proteína de melhor qualidade para o mercado, enquanto a otimização dos processos da granja também contribui para a redução dos gastos de mão-de-obra, e ajuda a tornar a suinocultura mais moderna, rentável e competitiva”, finaliza.
Fonte: Agriculturafantastica.blogspot