Notícias
Além da reconstrução, a retomada
Por Gedeão Silveira Pereira, Presidente do Sistema Farsul
As marcas da catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul permanecerão latentes em nossas vidas por um longo tempo. Não apenas nas memórias de um difícil período até então inimaginável, mas refletindo diretamente em nossas vidas, nossas relações e nossas atividades. Com o agronegócio não é diferente. Enquanto ainda estávamos contabilizando perdas e trabalhávamos na recuperação de nossas propriedades, já estava em andamento o planejamento para os próximos ciclos.
O agronegócio do Rio Grande do Sul atingiu uma dimensão que não nos permite mais retroceder. Não fomos apenas influenciadores, mas responsáveis pela expansão do setor no país. Internamente, o desenvolvimento da agropecuária foi responsável pela evolução de outros setores, como o metalmecânico por exemplo, garantindo o crescimento econômico do Rio Grande do Sul e, consequentemente, avanços na área social também.
A evolução da agricultura de precisão e toda a tecnologia nela embarcada também colaboraram no desenvolvimento gaúcho. Não apenas na indústria, mas também em serviços a estrutura necessária para garantir o nível de excelência internacional que atingimos gera não apenas dividendos, mas também empregos.
O mesmo ocorre na pecuária. Somada a nossa tradicional qualidade da carne bovina, temos suínos e aves que imperam nas prateleiras de diversos países, levando o Estado por detrás da frase made in Brazil, um sinônimo de excelência.
Somos um Estado agrícola por natureza e, a partir do que produzimos, movimentamos todos os setores até chegar à gôndola dos supermercados. Não é raro encontrarmos cidades do nosso Estado onde o agronegócio responde por mais de 40% do PIB municipal. Puxamos as exportações estaduais, garantindo o superávit da nossa balança comercial.
Portanto, garantir que o agronegócio gaúcho retome, da forma mais rápida possível, seu caminho é peça fundamental para a reconstrução do Estado. Pois um Rio Grande forte depende diretamente de um agro forte!
Fonte: GZH